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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Memórias...

Não sei porque meu deu uma saudades da minha infância.
Porque eu sou assim, tenho memórias da mais tenra idade.
aliás adoro essa palavra " tenra".
Me lembra chester.
hahahaha.
Sabe aquela coisa?
Prove a carne do chester e veja como está "tenra".
Acho chic carnes tenras!
hahahahahahahahaha
Mas enfim, entrei no blog com o propósito de falar sobre coisas que contribuiram muito para formar a pessoa que sou hoje, e que me fizeram feliz.
Como sabem, eu não sou filhas de pais separados.
Meus pais se separaram e eu já era adulta.
Adulta do verbo, namorando quase noiva.
Adulta do verbo - preciso terminar minha monografia.
Mas quando eu era pequena, meus pais eram casados.
E felizes.
Brigavam, lógico, mas eram felizes na maior parte do tempo.
Eu tenho lembranças de momentos felizes em família.
Eu lembro que graças a Deus meu pai devia ter uma vida financeira bem confortável, porque estudávamos em colégio particular caro, e eu ganhava as bonecas da moda.
Eu tinha por exemplo a Magic Face, que é a boneca que se maquiava.
E a boneca que tinha a mamadeira mágica.
E a que soltava bolinha de sabão.
E eu acreditei em Papai Noel.
Acreditei em coelho da Páscoa.Meus pais escondiam os ovos.
E eu procurava. Era uma super emoção.
Minha irmã era gente fina e nem contava que não existia, até pq ela devia achar babaca, pq é 8 anos mais velha, mas mesmo assim super respeitava eu procurar os ovos, e esperar o papai noel, enfim, sem traumas nesse sentido.
Eu lembro uma vez que fomos passar a Páscoa nos Estados Unidos, e eu tinha 8 anos e meu pai esqueceu meu ovo no Brasil.
Daí me lembro muito deles sentados na cama comigo e me explicando que o Coelho não pode trazer meu ovo até Orlando, porque o ovo ia quebrar, e o coelho jamais poermitiria que eu ganhasse u ovo quebrado, mas olha só, ele tinha dixado meu ovo em casa, ele mesmo tinha garantido ao meu pai que sim, e quem vai desconfiar do coelho gente?
Quem?
Eu, é que não.
Mas olha só, o coelho, tão gente boa, tinha mandado esse coelho de chocolate.
E eu fiquei feliz, super acreditei e realmente meu ovo estava em casa.
Como eu disse, não havia motivos para desconfiar do coelho, até por uma questão de logistica, e eu nem entendia nada de logística naquela época, mas eu achei muito razoável que o coelho tivesse deixado meu ovo no Brasil.
Não achei razoável, porque com 8 anos, eu nem sabia o que era razoável... Mas olhando pra trás, eu devo ter aceitado bem a desculpa, porque não me lembro de ter traumas nesse sentido.
Me lembro também de que viajávamos muito pro interior, Serra Negra, Águas de Lindóia, enfim, e em toda cidade do interior que se preze há carrinhos cheios dos guéri guéri, com cabrinhas, bode, e etc e meu pai pagava e o moço da carrocinha ficava dando mil e uma voltas na praça comigo.
E eu devia dar um pouco de sossego aos meus pais e à minha irmã adolescente.
E lá eu ficava, porque eu sempre fui uma criança muito independente.
Me lçembro de ser uma criança que sempre teve os pés muito sujos, porque eu nunca andei de chinelos.
Sempre descalça.
Isso persiste até hoje, e antes de dormir eu lavo meus pés caso já tenha tomado banho, porque eu odeio chinelos.
E minha avó sempre ia limpar meus pés pra eu deitar com um pano, água e sabão... E ficava brigando com a minha mãe: Dadá vc não vê que o pé dela é imundo?
E minha mãe deveria ignorar, porque não lembro da minha nãe criando stress por causa dos meus pés pretos.
E eu tive ( tenho, graças a Deus) pais muito bacanas. Mas digo isso, digo tive, porque acho que isso faz diferença na vida de uma criança.
As únicas coisas que tiravam minha mãe do sério, era o desempenho escolar.
Mas arte, sujeira, farra, coisas de criança, não lembro de tomar esporro não...
Eu era viciada em Barbie.
Do verbo tnha tudo da Barbie e montava casinhas imensas, e minha mãe deixava eu ficar com a casinha montada durante dias, porque dava muito trabalho desmontar...
Então, às vezes minha mãe também brincava comigo, na casinha da Barbie, e eu adorava. Exceto quando ela queria matar alguns bonecos, porque ela sempre disse que a vida precisa de um pouco de drama. E eu não queria que ela matasse nenhum filhinho meu, mas ela queria.
Dai eu não deixava e ela parava de brincar!
Rá!
Mas tbm sem traumas.
Mesmo ela querendo matar, Amanda é ímpar, e tudo bem ela querer matar....
ou não? hahahahahaha
Enfim.
Me lembro que meu pai fazia sanduíches para eu levar para a escola, sanduiches muito gourmets, porque veja bem, Reynaldo, não faz nada que não seja muito gourmet.
Até o misto quente de Reynaldo é especial.
Dai, teve um dia que eu tava atrasada pra escola já, e gritei pro meu pai pra saber onde estava o meu sanduiche. E ele disse: Em cima do sofá.
Mas era tarde.
Skipper, nosso beagle já havia comido com papel filme e tudo...
E nesse dia eu levei dinheiro pra escola, mas nem eram tão gostosos os lanches como os do meu Reynaldo.
Lembro também de um natal, que meu pai tava todo alegrinho de bebida e nós começamos a esquiar na sala. Fingindo, é óbvio... E até hoje essa cena arranca risos meus e da Larissa.
Meu pai esquiando na sala... hahaha, foi hilário.
Nos também viajávamos muito para a Praia.
E ia a família toda.
Todos os meus primos, tios e etc.
E era uma farra.
E por praia leia-se Praia Grande, no litoral sul de SP.
hahaha, passei minha infância muito feliz lá, nas férias. Meus avós tinham uma casa lá, e era um escândalo de cafona, mas eu fui tão feliz.
Tão feliz...]
E outro dia mesmo eu encontrei a família toda e disse: Como nós éramos pobres né?
E meus primos: Éramos? hahahahaha
não interessa.
Era legal pra caralho.
Das coisas que eu gostaria de repetir, quando meus avós eram vivos, com saúde, e comíamos bolinho de chuva, e eu ganhava o almanaque de férias da Monica, e comia chocolate surpresa e colecionava os bichinhos...
E minha irmã adolescente devorava livros e mais livros de Sabrina, um livro para adolescentes sobre romances tórridos...
Eu imagino que fossem romances tórridos, porque nada justifica uma moça querer ficar no beliche ao invés de ir pra praia...
mas enfim.. O mundo é estranho.
E minha avó fazia manjar...
e eu sou tarada em manjar branco.
Eu lembro também que eu fui uma criança mimada.
Muito.
Não existia isso de "vamos esperar o aniversario, o natal".
Se meus pais podiam, eles me davam.
Ao menor sinal de interesse.
Que foi como eu ganhei a minha primeira bicicleta.
Eu morava em prédio, e desci e algumas crianças estavam andando de bicileta, e eu pedi para andar.
Criança é um bicho mau né?
Não deixaram.
E eu subi meio jururu, porque desde aquela época eu não era uma criança que tinham roupas para ser triste.
E lembro da minha mãe ter dito: O que foi?
E eu disse: Ah, fulana não quis me emprestar a bicicleta.
Se fosse hoje, eu mandaria enfiar no cú, mas naquela época eu acho que eu não sabia isso.
E nem sabia que poderia falar: Não vai emprestar? Que se foda.
Ou Não vai emprestar? Enfia no cú essa bosta dessa bicileta de merda.
Mas não. naquela época eu acho que só fiquei sentida.
E minha mãe prontamente disse: Não se preocupe! Hoje a noite mesmo vamos comprar uma bicileta pra vc minha filha.
E assim foi.
Meu pai chegou do trabalho, e nós fomos ao Mappin.
Pqp. Como eu sou antiga.
Fomos ao Mappin. Que era exatamente onde hpje é o Extra da JK.
Ao lado do Mestre.
Vai ver vem daí meu apego.
hahahahahaha
Enfim, só para constar que, naquela noite, eu não somente tinha minha cecizinha, mas como meu pai montou a caralha toda.
E no dia seguinte, minha mãe disse: Só que é o seguinte, se alguém pedir, vc empresta.
Minha mãe sabe das coisas.
Por isso não sou egoísta. Então fico pensando que qual o problema dele terem feito esse agrado fora de época? O importante é que me educaram, não é?
Eu achei.
Eu fui uma criança muito feliz.
Tive empregadas que ajudaram a me criar com muito amor também.
Meu sonho era dormir na casa de uma dela, que sei lá, morava num lugar bem perigoso, mas eu amava tanto a Lucia...
Um dos meus hobbys tambpem era ficar na guarita dos porteiros, brincando que eu era porteira.
Criança sabe das coisas...
Bem mais divertido servir do que ser servido.
Pensa só.
Eu não queria ser rica.
Queria ser porteira!
Porque é bem mais divertido.
Minha irmã tbm é um caso a parte, porque veja bem, eu era uma boneca viva né?
E ela conta que desde os meus 3 ou 4 anos eu falava: Tata, canta aquela música...
E ela cantava: De noite, eu rondo a cidade, a te procurar, sem encontrar...
hahahahaha
Ela atribui isso a minha boêmia.
hahahahahahaha
Eu tive coelho, papagaio, cachorro, pássaros, gatos, bonecas, viagens... tive graças a Deus coisas materiais, nunca me faltou nada e nem tenho do que reclamar.
Mas eu tive coisas mais importantes que isso.
Tive paz.
Tive pais que me educaram bem, que me amaram, que não me bateram e nem recriminaram e me castigaram por bobagens.
Tive carinho.
Compreensão.
Amor.
Tive valores.
Tive um caminha limpar onde dormir e pijamas quentinhos ou de calor.
Tive uma mae que ia me dar boa noite e levava vitamina de manha na cama.
E eu gostaria que todas as crianças tivessem esse básico que já faz toda a diferença na vida de uma pessoa adulta, para um dia quem sabe, o Brasil ser um país mais justo.
Acima de tudo, eu qeria agradecer aos meus pais, a minha irmã, a minha família por vocês terem me criado tão bem.
Ne sei se me criado tão bem.
Mas obrigada pelas memórias mais lindas que alguém pode ter.
Vocês estão aqui, nas minhas tatuagens das três estrelas.
E a minha família, olha só, pode ser louca, pode ser completamente atípica, mas gente, eu não seria nad sem vocês...
E como não sei como terminar, recorro a Xuxa: Um beijo pra minha mãe, pro meu pai, pra minha irmã e um especialmente pra vocês, que leem as bobagens que eu escrevo...
Fui putada!!!!

14 comentários:

Núbia disse...

Ai que texto lindo. Chega emocionar.
Vc tb né..tem uma forma de escrever toda especial. Uma riqueza de detalhes que impressiona...Curto muito.

Eu tb tenho muitas saudades da minha infância.
TB sou como vc, em partes, meus pais se separaram há poucos anos, portanto tb nao sou ou fui filha de pais separados. Vivi intensamente e tive tudo do bom e do melhor, na medida do possível. MAs fui FELIZ PRA CARALHO na minha infância...Oh saudade que dá.

Beijo grande em vc lindona.
Sou sua fã.
Nubia RJ

L@N disse...

Ai ai ai Brunella, amei este texto...
Super emocionante.
To passada de saber que a linda da sua irmã é mais velha que vc 08 anos. Não parece, super linda e simpatica, acho sempre um arraso os comentários dela lah no face.

Eu tbm tive uma bicileta dessas e tbm fui muito ao Mappin...
A gente é muito velha neh?
A gente soh não é acabada, pq a gente se cuida. E claro faz bronzeamento... rs, é bronzeamento é vida.

Qto ao papai Noel e ao coelhinho, eu acreditei pouqinho, tive um irmao super do mal que acabou com a graça muito cedo.
Chato

Brunella bailarina beijokas...

Paula disse...

Delícia de texto Bruna!

Consegui imaginar cada situação...

Beijos! Bom dia!

Anônimo disse...

Lindo seu texto,linda sua história,
lindona!!!! ***San***

Juh Sutti disse...

Amei este texto Bru, um dos mais lindos e emocionantes dos últimos tempos!
Agora a gente entende ainda mais de onde vem essa alegria toda, esse bom humor!

Beijos ;)

Titi disse...

Lindo!!!

Juliana Villagio disse...

Lindo...

Renata disse...

Bacanérrimo esse texto!

Tomahawk Delta 30mm disse...

Infância, me lembro como se fosse hoje, eu trancado no meu quarto cheio de avioezinhos pra montar, aqueles de plastico bem vagabundos, que os decalques colavam nos dedos e nos deixavam putos de raiva,meu quarto era abarrotado deles, na porta um poster do Ozzy Osbourne com um frango engordurado na boca e um olhar bem arregalado, efeito da gordura vegetal do frango, claro. Detestava ir pra escola,era meio nerd, daí já sabem!? Era zuado com aqueles malditos apelidos, tipo: cdf, bolha, chulezinho..(nossa odiava esse), só perdia pro cabeça de pinto.focking bastards, queria que me vissem agora!! Bom, confesso que eu tb colaborava, não me penteava e ia bem sujo, sentava na ultima cadeira abria o caderno e desenhava....aviões, nem me lembro do que a professora falava, sempre pegava recuperação e a professora Clara ( Santa Japonesinha) vinha me dar aula particular, ela sofria coitada, num dia dava aula pro Rambo, com um cinto vermelho preso na cabeça e uma faca de plastico nos dentes, outro dia dava aula pro terminator,imagino que devia ser dificil dar aula pra um garoto todo enrrolado em um papel alumínio, repetindo de 5 em 5 minutos : Vou te matar, vou te matar...fazendo movimentos robóticos com as mãos e uma pistola na cintura...bom isso excluindo as espadadas ( nem sei se eh assim que escreve) que o Luke Skywalker dava nela..ehehe..bons tempos.
Depois veio a adolescencia, pois eh, eu e meu amigo Gus, pintamos o cabelo de verde e raspamos do lado, moicano neh !? Eu tatuei saturno e o Gus aquela marca de roupas de skate URGH! Beleza pagamos uma fortuna pra um tatuador duvidoso e fomos pra casa, cheio de correntes no pescoço e uns machados na cintura, nos achando so donos do mundo calçando nossos tênis Mad Rats com nossos skates Powelperalta..dois playboyzinhos de merda, chegando em casa veio o castigo, 1 mês sem sair de casa e nada de atari, sem contar as chineladas na bunda e os aviês guardados no sotão, tudo bem como bom filho único brincava de Alcatraz, comia no chão e comecei a cavar um buraco na parede do quarto, a essa altura ja visitava dois psicologos..kkkkk.
Saudades do karalho porra !!! Bom, resumindo, o GUS virou desembargador eu segui carreira militar, mas confesso uma coisa:tem vezes que me da vontade de voltar a raspar moicano deixar saturno amostra e pintar o topete de verde...Ah, se der vontade eu faço. ehehehe

Keu Dias disse...

A melhor coisa já lida no seu blog, texto de gente de verdade! Afinal não é necessário ter infância sofrida para ter histórias para contar. Um abraço!

Pietra Giordano disse...

Peri você é a maior paixao da minha vida! E os primos e eu cantando pra você "au baby mola!" Lembra? E Mamae fingindo ter sido abduzida? Kkk
Beijos minha unica irma maravilhosa!

Angelica disse...

Amei o teu texto...tbém tenho muitas saudades da minha infância, apesar de ter sido bem "pobrinha"...rsrs...nunca tive brinquedos pois meus pais não tinham condições, o que eu ganhava era se outra pessoa me desse. Nunca tive bicicleta nem barbie, mas tenho certeza que fui muito feliz mesmo assim. Hoje tenho 2 filhos e me sinto a pessoa mais feliz do mundo vendo eles vestirem e terem brinquedos que eu nunca tive. Mas como tu comentou, o material não é tudo...Amei a história da bicicleta...a Amanda realmente é uma pessoa que soube educar! Um bjo grande querida

Terry Tadokoro disse...

Lindo Lindo Lindo....
Quero q minha filha tenha boas lembranças assim como vc.
Bjosss

closet da fla disse...

Nossa Bruna que post mais lindo, amei e fiquei até emocionada! Ri tb quando vc falou do Mappinm, nossa meu Deus Mappin soa tão antigo né? mas eu tb ia lá,kkk
Adorei!! Bjs