Total de visualizações de página

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Carta ao sobrinho

Meu bem.
É a titia.
Você nem nasceu e falta um tempo ainda. Mas eu quero escrever pra você.
Aqui é o blog da titia. Você vai ter tempo pra entender o que é blog, internet, twitter, facebook e outras coisas...
O mundo aqui fora anda cada vez mais maluco. isso é bom que você saiba.
Pessoas se matam, pessoas matam umas ás outras, pessoas fazem coisas horríveis.
Mas tem sol.
Sol é uma coisa muito auspiciosa, que vc vai adorar, sua mãe vai te colocar num carrinho e te levar pra tomar solzinho.
O sol é quente, o vento é uma coisa que quando está frio ele é muito frio e quando está quente ele é uma delicia, porque refresca.
Eu sou a sua tia, e sou irmã da sua mãe.
Sua mãe é uma coisa muito preciosa na minha vida, minha irmã, minha melhor amiga, meu amor...
Você vai amar sua mãe. Ela é pequena, inteligente, vaidosa, risonha, profissional, bonita, mas às vezes é muitoooo chata.
Por exemplo, seu pai adora goiaba. Goiaba é uma fruta, e ele não pode comer porque sua mãe não gosta.
Eu sei.
Não tem cabimento.
Você não tem nome ainda, inclusive descobrimos hoje que você é um bebê e não uma bebéia.
Como descobrimos?
Porque sua mãe fez um exame de sangue que disse que você tem cromossomos Y. Eu sou XX, todas as mulheres são. Os homens, como você, são XY.
Mas depois você estuda isso... Em biologia...
Não vai caber num post tudo que eu quero dizer pra você, então vou tentar focar em algumas coisas que eu acho essenciais.
Por exemplo.
Você nem nasceu e tem 4 avós.
Sim.
Amanda e Reynaldo são nossos pais, ou seja, seus avós maternos.
Lisbeth e João são seus avós paternos, ou seja, pais do seu pai.
Você tem 2 tios homens: O Tio Fabiano (ou Piu) e o tio Beto.
Tia, por enquanto só eu mesmo.
Seu avô Reynaldo é um italianão palmeirense. Palmeiras é o time para o qual inevitavelmente vc vai torcer.
Eu, seu avô, seu outro avô, seu tio Piu e sua mãe somos Palmeirenses.
Seu tio Beto e sua avó Amanda são são paulinos e sua avó Lisbeth é santista.
Seu pai não liga pra futebol.
Nós vamos levar você ao Estádio.
Vai ser uma delícia.
Seu avô Reynaldo adora crianças e vai ser capaz de rolar no chão com você... Ele cozinha muito bem, e fará sopinhas pra você. E quando vc tiver dentes, macarrão.
Sua avó Amanda é puro amor, totalmente maluca e engraçada e vai cuidar de você enquanto sua mãe trabalha, pelo que eu estou sabendo...
Sua avó Lisbeth e seu avô João, eles são ótimas pessoas, e olha que legal, eles remam, eles tem uma canoa e remam... Lá em Santos.
Santos é uma praia no litoral Sul de São Paulo.
Você vai pra lá... Muitas vezes...
Seu tio Piu é publicitário, maluco, alto e bem magro, e ganha vários prêmios fazendo propaganda...
Propaganda é uma coisa que as pessoas fazem para vender os produtos...
Seu tio Piu quer usar você de chamariz para pegar mulheres no parque do Ibirapuera...
Seu tio é solteiro convicto e não pretende se casar.
Pelo andar da carruagem, quando você fizer 17 anos você vai aproveitar altas noitadas no apartamento do seu tio.
Seu tio Beto é o meu namorado, meu futuro marido, e embora ele brinque que só casaremos em 2018, é mentira viu?
E você vai entrar no nosso casamento juntamente com meu outro sobrinho, o Lorenzo levando as alianças.
Alianças selam amor, selam amizade, selam coisas boas.
Seu tio Beto é um homem incrivelmente bonito, e você, se fosse menina ia paquerar ele muito, porque eu ia te ensinar a piscar pra ele, mas sendo menino, você vai somente acha-lo boa pinta.
Que é o adjetivo que os homens usam para se referirem a outros homens.
Seu tio Beto é fanático pelo São Paulo, é alto, alto imenso, forte, lindo, publicitário tbm, mas ele hoje em dia é só fotógrafo.
E ele tira cada foto bebê...
Fotos são papéis coloridos que eternizam uma imagem, que congelam um momento...
Seu tio Beto vai tirar muitas fotos suas.
Mas mais que isso, seu tio Beto vai te ensinar vários truques e a montar coisas que homens adoram.
Seu tio é artista.
Eu espero que vocês sejam ótimos amigos.
Seu pai tem uma transportadora de móveis.
Ele é um homem bom, solícito e muitoooo ciumento.
Eu sou a sua tia, sua madrinha e não vejo a hora de você nascer.
Eu e sua mãe vamos pra Miami comprar as coisinhas que você vai usar...
Roupinhas, carrinho, brinquedos, e outras tranqueiras mais...
Eu sou uma pessoa engraçada, legal, baixinha, bailarina, economista, palmeirense, namorada do seu tio Beto, irmã da sua mãe, e há boatos de que eu seja irmã do seu pai pela lei, se traduzirmos para o inglês.
Você poderá contar comigo para tudo que você quiser.
Sempre e a qualquer hora do dia...
Seu nome será Bebê De Leo Duch. Eu acho bonito.
E nós somos de uma família que valoriza muito a família, valorizamos a convivência, almoçamos aos domingos juntos, fazemos viagens juntos, enfim, você não vai ter como escapar mas está vindo para abrilhantar a nossa vida.
A gente já te ama e nem te conhece, não é maluco?
É o sangue.
Sangue é uma coisa muito maior do que um líquido viscoso e vermelho.
Sangue é raiz, é de onde viemos e para onde corremos quando tudo dá errado.
Nós somos uma família legal.
Às vezes a gente briga, mas a gente se ama.
Essa semana é o casamento oficial da sua mãe e do seu pai, embora eles já morem juntos.
Você estará lá, aquecido, dentro da barriga.
Depois vocês vão viajar.
Eu espero que vocês se divirtam.
O que eu desejo pra você além de te desejar imensamente?
Desejo que você seja uma pessoa do bem, um homem de caráter, um menino legal que não maltrata mulheres, que respeita animais, idosos, seres humanos.
Espero que você tenha personalidade mas gênio bom.
Espero que estude para ser alguém na vida.
Espero que seja Palmeirense.
Espero que você goste da gente, que goste de comida, que seja tolerante porque há muitas diferenças no mundo, e nós precisamos respeitar.
Acima de tudo bebê, eu desejo que você faça escolhas que aqueçam seu coração, que você seja crente em Deus, que tenha fé, independente da religião, que você tenha caráter e palavra, que você tenha coração bom e que você acima de tudo seja feliz, e tendo a chance, mude o mundo, ou mude pelo menos o pouco mundo a que você terá acesso, com exemplos, com atitudes e não somente com palavras, que é ao esporte preferido dos hipócritas.
Que você não minta, porque mentir é roubar o direito a verdade.
Que você seja honesto.
Que você seja feliz, meu bebê.
Muito feliz.
E quando as coisas falharem, lembra do sangue?
Estamos aqui.
Te esperando.
Até janeiro...
Fique com Deus, cresça bastante e não chute muito sua mãe.
Te amo.
Já te amo.
Eu ainda acho que vou te escrever muitas vezes...
Mas tô emocionada e então vou parar.
Se cuida meu bem.
Um beijo da sua tia...









quinta-feira, 11 de julho de 2013

Memórias...

Eu me lembro.
Me lembro muito bem quando eu tinha 2 anos de idade, e pode parecer loucura eu lembrar disso, porque afinal eu era de fato muito pequena, mas eu me lembro.
Eu me lembro do " mini raciocínio" que eu tive antes da dor e do desmaio.
Meu pai estava indo ao banheiro e eu já não usava mais fraldas. Usava pinico.
As crianças ainda usam pinico?
Enfim.
Meu pai entrou no banheiro e antes que ele fechasse a porta eu enfiei meu dedo indicador da mão esquerda pela dobradiça da porta, na esperança dele estar no banheiro e ver meu dedo apontando o pinico.
Mas não.
Ao contrário disso, papai não seguiu o script e forçou a porta porque acreditava ele que algo estava atrapalhando o perfeito fechamento da porta.
E era meu dedo.
O meu mini dedo indicador da mão esquerda.
E ele fechou a porta, eu desmaiei e ele me levou ao hospital embrulhada em lençóis com meu mini dedo indicador pendurado pra gente costurar.
E eu não somente lembro como tenho até hoje um dedo indicador da mão esquerda cuja unha não cresce e nunca cresceu e por isso eu tenho 9 unhas semi compridas e uma curta.
Eu lembro...

Eu me lembro.
Me lembro muito bem de ter sido deixada na casa da minha avó Lidia num final de semana e não me perguntem onde estavam meus pais e Larissa, e nós passamos um final de semana incrível comendo bolinho de chuva, vendo televisão, e fazendo arapucas para pombas, isso era meu avô que fazia, e quando meus pais chegaram no domingo eles me trouxeram uma boneca rosa que usava um gorrinho de lã também rosa.

Eu lembro.
Me lembro muito bem, de um dia estar em casa com a Lari e nós duas termos feito bolo de chocolate, chá e ela ter lido estorinhas para mim do tio patinhas porque meus pais haviam ido ao velório do meu tio Angelo, tio este que eu amava de paixão e que me chamava de calabresa só porque eu já era bravinha...

Eu lembro.
Me lembro muito bem da minha mãe levar meu leite na cama antes de ir pro trabalho, e quando eu tinha que ir pra escola cedo, antes da perua chegar eu deitava de uniforme na cama com meu pai até o perueiro chegar. E quando ele chegava nós íamos para a escola. A Lari já estava no colegial, e eu no primário, e eu levava uma colcha dentro da perua e ia dormindo no colo dela até a escola...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de um dia ter voltado da escola e ter ido pro ballet inteira riscada nos braços com canetinhas, com recadinhos de colegas porque era meu aniversário...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de ter ganhado uma boneca Magic Face, uma boneca que vc maquiava e depois limpava com esponjinhas, em uma noite que meus pais saíram para jantar numa quarta feira e me perguntaram o que eu ia querer da rua, assim, sem mais nem menos, sem ser natal, sem ser aniversário, por puro carinho... E eu disse que queria muito essa boneca, e quando eu acordei a boneca estava lá.

Eu lembro.
Me lembro muito bem de da minha mãe me trazer uma bonequinha por dia, de uma lojinha baratinha, tipo um armarinho, perto do trabalho dela. E todos os dias estava lá, minha bonequinha.

Eu lembro.
Me lembro muito bem de montar minhas casinha da Barbie em casa e minha mãe sentar para brincar comigo.
Mas ela sempre queria matar algum personagem, e eu nunca queria... era uma briga...

Eu lembro.
Me lembro muito bem do meu aniversário de 11 anos, em que fizeram uma festinha para mim, surpresa, no apartamento em que morávamos e todos meus amigos estavam lá, meus amigos que se perderam no tempo e vários amigos que carrego para a vida inteira até hoje e que eu amo de paixão.
Reynaldo foi me buscar na escola, paramos num posto para ele tomar uma cerveja, não entendi bem por quê, e quando chegamos no apartamento estavam todos lá... E eu fiquei muito feliz, e ganhei muitos presentes... E se eu fechar os olhos, eu ainda lembro da emoção que eu senti... Foi tão feliz...

Eu lembro.
Eu me lembro muito bem, de ir aos jogos do Palmeiras com Reynaldo, e comer churros, e gritar gol, e mesmo eu sendo menina e Reynaldo menino, nós curtirmos aquela mesma paixão, pai e filha, com 38 anos de diferença, torcendo, vibrando, falando a mesma língua. E até hoje, entre mim e Reynaldo, mesmo eu mulher e ele homem, mesmo ele pai, e eu filha, mesmo ele senhor e eu jovem, até hoje, até hoje somos uma só carne, uma só voz, um só sentimento.
Sempre.

Eu lembro.
Me lembro muito bem, do dia que eu tinha uns 8 anos e arrumei uma briga no prédio, e Larissa desceu como uma leoa para me defender porque é esse o papel das irmãs mais velhas, defender seus pequenos...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de Amanda ter me dado uma máquina de escrever e eu ficar horas no meu quarto brincando de banco.
Imagine, brincando de banco.
E hoje em dia eu trabalho em banco, me divirto em banco, ganho meu pão em banco e agradeço a Amanda a paixão que ela fez brotar em mim.
A brincadeira era meio diferente do que eu exerço hoje, mas o princípio era o mesmo. Era um banco, e é lá que eu me realizo.

Eu lembro.
Eu me lembro muito bem do dia em que eu vi Beto na praia no dia em que eu o conheci, e comentei com uma amiga minha: Eu vou casar com esse cara.
E ela riu.
Ela riu, assim como a Lari e o Marcio riram quando eu contei que eu ia me casar com o cara que eu tinha conhecido na praia e sequer beijado.
Alguém ainda duvida?
Eu não.

Eu lembro.
Eu me lembro muito bem de estar na piscina do clube, aprontando diversas confusões e ter caído de queixo no chão e ser levada ao hospital as pressas.
Lembro também do médico ter explicado para uma criança de 5 anos que ele daria pontos no meu queixo e eu ter chutado tanto ele que tiveram que me amarrar...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de ser pequena, de Reynaldo e Amanda terem tido uma briga e nós, eu, meu pai e Lari fomos para um hotel maravilhoso passar o fim de semana no interior, e papai ficar ligando para Amanda o fim de semana todo, e eu acho que era pedindo pra voltar...

Eu lembro.
Me lembro muito bem do dia em que saímos para comprar minha lancheira do elefantinho.
Era um dia de sol, e eu a vi ali, pendurada num cabide, e apontei e pedi pra Amanda.
Eu queria aquela. Aquela vermelha, a lancheira do elefantinho.
E a lancheira tinha uns elefantinhos desenhados tomando lanche numa mesa de picnic.
Amanda comprou e comprou também uma garrafinha vermelha para combinar.
E Amanda colocava groselha na minha garrafinha. Ou suco de laranja.

Eu lembro.
Me lembro muito bem do dia em que fomos pra Iporanga passar um carnaval e eu esqueci minha mala em São Paulo.
E daí Amanda e Reynaldo tiveram que me levar até o shopping para comprar roupas novas para passar o feriado.
E eu passei o feriado inteiro de havaianas.
Isso quando eu não estava descalça, lógico, porque eu sempre fui a pessoa que anda descalça.

Eu lembro.
Me lembro muito bem da emoção que era procurar os ovos de páscoa que Amanda e Reynaldo escondiam no domingo .

Eu lembro.
Me lembro muito bem de quando eu comecei a fazer patinação artística e fui me apresentar numa escola no fim do mundo, e depois, cansada da apresentação, nós ganhamos um lanche de queijo e presunto e suco de laranja.
Só que o lanche não era de presunto era de apresuntado e eu tive a maior alergia do mundo.
E daí todo mundo se certificava se o que eu ia comer era mesmo presunto.
Era uma neurose.


Eu lembro.
Eu lembro de tantas coisas.
E fico feliz de ter tantas memórias.
Porque aquecem o coração, trazem momentos bons de volta, trazem alegria, algumas trazem dor, mas a vida é isso né?
A vida é dor e amor.
E no final das contas, minhas memórias felizes superam as tristes, e eu agradeço a Deus.
Todos os dias.
E rogo aos céus para que um dia eu possa ter filhos com os quais dividir as memórias que tenho, e proporcionar as memórias mais lindas ao lado daquele que vai ser o pai deles, lembram?

Beijos, comentem se quiserem...
Obrigada pela preferência...




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Post randômico...

E aí putada?
Sairei nas ruas para protestar porque a internet aqui no Morumbi cai demais.
É a internet Neymar. Só cai.
Aliás por falar em Neymar gostei. Gostei do jogo, embora eu não seja uma super torcedora da seleção.
Me julguem.
Na verdade assim, vou me explicar.
O que eu quero dizer é que como sou muito fanática pelo meu Palmeiras eu não consigo torcer igual sabe?
Não me empolgo um terço vendo a seleção.
Mas enfim, tbm não torço contra.
Assistimos ao jogo na casa de umas amigas do Beto. Sim, só o Beto de figura masculina e a mulherada.
Foi divertido. Gosto delas.
Só acho que a Espanha fez um papelão ao tirar minha Azurra para tomar esse chocolate.
Mas enfim...
Falando em chocolate nós fomos pra Monte Verde mais uma vez.
Por que?
Bom, por inúmeras razões.
O dia dos namorados, o mesversário de namoro, o meu emprego novo, a felicidade que é ter Beto na minha vida, o frio, o chocolate cremoso que fica girando num pote e a moça coloca no copinho junto com uma colherinha e dai vc fica mexendo no chocolate cremoso e forma uma natinha marrom bem escuro, bem delícia e bem cremoso e vc fica lambendo a colherinha, o hotel que eu escolhi e que era um charme, as comprinhas inevitáveis na cidade como dois cashemeres que adquiri em cores tão lindas, o gnochi recheado, enfim, inúmeras razões e eu poderia ficar falando sobre isso por horas.
E daí que na sexta eu fui renovar meu visto americano e foi maior emoção, porque eu tava na fila fazendo amizade com umas pessoas, porque se eu tenho um talento na vida é fazer amizade com as pessoas, e bom, sei que Beto me levou porque eu tinha dormido lá justamente para ele poder me levar e eu tava lá na fila né? fazendo amizade, e de repente vem um moço me cutuca e fala:

---- Te conheço de onde?

E é necessário dizer que era cedo e eu devia estar mais rouca do que de costume e o moço trajava uma malha da Tam.
Porque quando eu acordo eu tenho uma voz digamos, um pouco pior...

---- Eu não sei de onde vc me conhece.
Porque eu nunca ia imaginar que o cara ia lembrar da minha propaganda.
Mas ele disse, astutamente. Aliás, parêntesis, que boa memória tinha esse moço.

---- Vc não é a moça da propaganda da Tam? Eu sou piloto.

Ahhhh... me achei. Juntou gente, pediram autógrafos... Rá, isso é mentira, mas o fato é que o moço me reconheceu e eu sorri maior feliz.
O moço do consulado renovou meu visto e disse que vai entregar em 10 dias.
Achei auspicioso.
Bom, e daí depois eu fui pro banco, peguei uns documentos no outro empregador e cheguei bem no horário.
E eu estou muito feliz no meu emprego novo, com meus colegas novos, com minha função que eu amo, enfim, estou regozijada.
Realmente Deus é bom.
E quem duvida disso é bocó.
Rá.
Enfim, daí como eu tinha ido sem carro pro banco, minha amiga do trabalho me levou de trem até a Vila Olímpia e eu nunca tinha andado de trem, na marginal, e achei chic, limpo, pura emoção.
Gostaria muito de poder andar de trem todos os dias porque eu fui muito rápido...
E eu adoro coisa ágeis, porque tempo é dinheiro.
Vou para as ruas protestar sobre isso também.
Quero trem no Morumbi.
Sei que comemos um lanche na casa do Beto e fomos, e pegamos um trânsito do mal, porque teve acidente na Fernão Dias.
Dormi um pouco no carro mas chegamos e fomos surpreendidos com um chalé muito rico e lindo.
Super indico inclusive e não é jabá, porque como sabemos esse blog não me rende nada além de amizades virtuais deliciosas e muito carinho, enfim, o hotel chama Hotel fazenda Itapuá, e é tudo impecável.
O chalé tinha lareira, uma salinha, uma cama imensa igual a da minha sogra em Ribeirão, que para eu encontrar o Beto tenho que dar três duplos twistes carpados, um banheiro com dois chuveiros, e pasmem, um ofurô com vista privilegiada e isolado dos outros chalés...
Uma delícia, realmente.
Acho que deve salvar muitos relacionamentos em crise, o que não era o caso, mas acho que deve salvar.
Vou anotar isso mentalmente para o futuro, caso haja uma crise.
Chegamos, tomei banho e dormimos, porque eram 2 e meia da manhã e foram 5 horas de estrada, mais uma semana inteira acordando cedo e dançando ballet, e vivendo né?
Porque a gente vai vivendo... e viver consome energia.
Enfim, dia seguinte um dia lindo.
Um café da manhã maravilhoso, marcamos um passeio a cavalo, fomos pra cidade tomar cervejinha, fazer comprinhas, passear, ver o comércio, falar bem e mal do mundo, dar risadas, essas coisas que a gente faz quando se está feliz...
Ficamos no bar batendo papo e tomando cerveja, porque rola desencanar da lei seca em viagens assim, e né? faz um bem danado a alma.
Depois saímos para andar a cavalo no hotel, e o meu cavalo era um fofo, e quem me segue no face viu a foto maravilhosa que Beto tirou.
Beto garrou amor também nos cavalos, e ficamos papeando sobre o futuro, porque no futuro teremos cavalos. Vemos cavalos no nosso futuro.
Daí, amor, banho de ofurô, soninho a tarde, risadas, planos...
Só coisas boas.
A noite saímos para jantar no Mamma Tera, tomamos vinho, comemos gnocchi recheado, batemos papo, falamos bem e mal do mundo, e depois fomos tomar o chocolate quente cremoso com a colherinha...
Tiramos mesmo o fds para descansar, fazer o que desse vontade, curtir mesmo, sem horário, sem obrigação...
Chegamos ao hotel, acendemos a lareira, ficamos vendo House, rindo e dormimos.
Tínhamos marcado de andar a cavalo novamente, mas amanheceu chovendo, e tomamos café da manhã, voltamos pro quarto, ficamos de preguiça na cama, falando bobagem, curtindo e dormimos de novo.
Como era o dia do jogo do Brasil, saímos de Monte Verde umas 3 da tarde.
Chegamos em Sampa, passamos pra comer e depois fomos pra casa das amigas do Beto.
Chegamos em casa tipo 22:30, banho, e fui dormir porque né? Segundona acordaria cedo para ir pra Campinas visitar uns clientes e tal.
Sei que estou feliz.
Feliz como há muito tempo não me sentia.
Antes eu fazia o que eu gostava e não tinha o Beto.
Depois eu tinha o Beto mas não fazia o que eu gostava.
Pra resumir minha vida parecia cubo mágico, acertava de um lado e cagava do outro.
Mas agora não.
Agora eu estou muito feliz.
Muito feliz porque fazer o que eu gosto interfere no meu humor, interfere em quase tudo, porque eu sempre trabalhei, e faço com prazer.
Mas trabalhar com algo que não se gosta não é bacana.
E eu tenho prazer na minha profissão.
Sou dessas.
Gosto de ganhar meu dinheiro, gosto de pensar que tô acordando pra exercer o que eu estudei, o que me dá tesão, o que eu sei fazer.
E depois porque eu tenho um puta orgulho de mim, porque apesar de perua não sou dondoca.
Nada contra as dondocas.
Mas eu não sou.
Eu sempre batalhei, sempre me alegrei com minha vitórias.
E depois que tem o Beto né?
É complicado falar do Beto, porque eu tenho a sensação de que por mais que eu escreva não rola expressar o que de fato acontece.
Beto é milagre na minha vida.
É dádiva.
É presente de Deus.
É resposta de oração.
É agradecimento diário.
É merecimento depois de me fuder tanto.
Que fique claro que não sou ingrata, tem gente na minha idade que nem nunca casou, e eu já tive esse prazer, mas depois do divórcio e vocês sabem, só me fudi na mão de homem.
Mas enfim, Beto é uma pessoa maravilhosa, e eu tenho o maior orgulho do mundo de ter o privilégio de namorar e planejar o futuro com um homem como ele.
Sério.
Às vezes a gente brinca procurando defeitos um no outro, coisas que nos incomodem, e bom, eu não tenho nada que me incomode no Beto.
E falo isso de coração.
Ele obviamente não é perfeito porque não existe ninguém perfeito, como sabemos, mas talvez ele tenha escapado da fila de defeitos, vai saber?
Deus piscou e ele veio.
Fazer o que?
Ou não.
Ou talvez ele seja apenas perfeito para mim, na medida, exato.
Na medida também não, porque né? Ele tem 1,90, e eu sou corretora de banco imobiliário, mas nem isso. Nem isso atrapalha.
Se bem que outro dia eu briguei com Beto.
Briguei porque estávamos jantando e ele fez um comentário que eu não gostei e bom, eu briguei com ele por ciúmes.
E enquanto a gente foi dormir eu fiquei tentando imaginar como mata-lo e onde eu esconderia o corpo, e principalmente como eu ia arrastar aquele corpo.
Mas depois eu fiquei insone pensando que apesar de ser Beto ele é homem, e homens fazem comentários descabidos, e eu desculpei ele.
Pra ninguém dizer que nunca brigamos.
Mas que fique claro: Eu briguei com Beto.
Beto não brigou comigo.
Isso me irrita. Mas td bem. Já acostumei.
Que mais putada?
Tão gostando da página do amélia no facebook?
Ah, tô usando uns cremes novos no rosto, querem post?
É isso negada!!!
Obrigada por lerem, obrigada pelo carinho de sempre, e comentem de vez em quando pra ficar emocionante.
Um beijo grande e olha só, adicionem lá no amélia, é tão supimpa...
Adoro a palavra supimpa.
é isso.
super beijo