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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Vamos falar da tek pix???

Tanta coisa aconteceu desde o último post!

Mas eu sei que vcs vão me perdoar, pq minha vida profissional está me consumindo horrores, e então, quando eu saio do trabalho eu tenho o projeto dignidade da bunda para cuidar.

Sim, porque há de se ter dignidade.

E essa chuva que não passa?

E o tanto que guarda chuva é um ítem obsoleto?

Sim, porque entra ano e sai ano, o homem pisa na lua, o Brasil vai sediar a Copa, eu arrumo um namorado decente e o guarda chuva continua sendo o objeto para nos proteger da chuva?

É cafona.

Detesto guarda chuva.

Eu tenho sapatos anfíbios.

Eu tenho capa de chuva.

Mas guarda chuva é péssimo.

É trambolho, molha tudo, bate um vento e ele vira ao contrário, venta e ele sai voando, as pessoas não te ajudam, sabe?

E ainda espetam seu olho com o guarda chuva delas...

É bizarro.

Tá aqui  registrado, meu ódio pelo guarda chuva.

Mas enfim que eu não entrei aqui pra falar de guarda chuva, porque eu jamais entraria aqui depois de tanto tempo para tentar distrair vocês do fato de que faz tempo que não escrevo e não tenho vergonha na cara, falando de guarda chuvas, que como eu já disse, acho super cafona.

Enfim...

Como as novidades na minha vida não podem mais ser cronológicamente colocadas, vamos lá, todos sabem que meu Tobias morreu.

Nós não vamos falar disso, porque foi arrancado um pedaço do meu coração, e eu invariavelmente me pego chorando de soluçar.

De saudades.

De dor.

De desespero por ter perdido meu Tobias após 13 anos.

O Otávio, meu sobrinho que nasce em janeiro, é um gordinho fanfarrão cheio de dobrinhas.

Estamos todos muito animados pra chegada dele.

E nesse meio tempo também eu fiz 31 anos.

E foi bem na semana que meu Tobias tinha morrido, então eu fiquei malzona e nem quis fazer nada.

Mas depois, conversando com a minha sogra, ela disse que era importante comemorar, mesmo que fosse algo simbólico, porque é a comemoração da vida e tal.

Mas meu coração doía.

E na sexta que antecedeu meu niver Beto me levou para jantar. Fomos ao japonês e Beto me deu uma gargantilha maravilhosa.

No sábado fomos comemorar com minha família e amigos queridos no Pé de Manga.

E daí foi aquilo, as “ criança tudo correno”, chegamos pro almoço e só saímos por volta das 20 hs...

Bem almorave, bem meu estilo.

E daí acabou de me ocorrer que deveríamos, dado o avançado das horas, como diria minha saudosa avó, fazer o Balanço Geral 2013.

O que vcs acham?

Sim porque agora já começou dezembro. E com ele, toda a sorte de panetones começa a ser produzida, inclusive caseiramente, o que me irrita ainda mais.

Porque apesar de italiana, eu abomino panetone. Mas abomino com todas as minhas forças. Exceto o panetone de doce de Leite da Havanna, mas isso é outra história.

Porque né?

Doce de leite é vida, quase.

Fato é que vamos ao balanço?

Ah... Vamos sim, porque é uma maneira bacana de reavaliar a vida.

Esse ano como todos sabem, comecei o ano namorando o Beto.

Mas passamos o ano novo separados, uma vez que eu passei o ano inteiro solteira praticamente e comecei a namorar em novembro, pra pagar a língua e tal.

Aquela coisa do “ passei o dia dos namorados solteira pra passar o carnaval namorando”.

Pois foi exatamente isso que aconteceu e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Mas, passei o réveillon no Rio e Beto em Jundiaí.

Foi um feriado maravilhoso na Cia da minha amiga Robby, nos divertimos horrores, foi delícia.

E eu comecei o ano desempregada assim como terminei o ano desempregada.

E teve viagem para NY em janeiro com a Lari, uma viagem delícia, que eu e minha irmã amada fizemos para nos distrair, e no “vasco”, porque né? Lari irmã fofa que é resolveu pagar para a irmã desempregada. Nada que eu não faria se a situação fosse inversa.

E teve viagem em casais para Pipa, para o carnaval, ao lado do Beto, Marcio e Lari.

E teve viagem para Salinas, para o niver do Lorenzo.

Esse ano viajamos inúmeras vezes.

Monte Verde, Pipa, NY, Salinas, Ribeirão Preto, Mogi, Rio de janeiro...

Esse ano teve emprego novo. Por falta de um, dois.

O primeiro que eu quase morri de tédio, e o segundo onde estou agora, fazendo o que eu amo.

Esse ano teve uns piripaques do meu pai. Sim, o mafioso começou a querer dar defeito.

Mas passou. Era vesícula.

E só confirmou o quanto eu sou despreparada para perdê-los.

Porque ele me ligou num domingo pela manhã e quem me conhece sabe que ele nunca me liga, mas eu tbm já devo ter contado isso no blog, então assim, só para dizer que apesar de tudo, apesar de saber que um dia todos vamos perder nossos pais, e eu temo isso quase todos os dias, me tranquiliza saber que Beto estará junto.

Não que aliviará a dor, mas né?

Beto estará lá.

Esse ano tbm teve o casamento da Lari, que descobriu-se grávida três meses antes da data, e bom, como sabemos Otávio está aí, chegando para alegrar nossa vida.

Esse ano tbm reavaliei minhas amizades.

Esse foi um ano de muita alegria, muita felicidade mesmo.

Eu que nunca mais queria me casar, me vejo encantada com o Beto de uma maneira que casar é quase urgente, porque casar significa construir uma vida com ele, e é isso que nós dois queremos.

Então ano que vem, ha boatos de que havera um casamento.

Ra!

O balanco eh esse minha gente. Minha vida ta boa, nao tenho nada muito ruim para contar. Nao que eu esteja querendo dizer que voces gostam de tragedia. Porque eu sei que voces amam essa que vos escreve.

Mas eh que nao ha muita historia para contar.

Alias ha sim. Eu ando bem em panico com essa historia da idade dar uma acabada no corpo ne?

E dai que o banco tem convenio com a Cia Atletica e com a Body tech e tal.

E dai eu nao sei se foram os baseados que fumei na adolescencia ou se o cigarro mentolado que eu fumo eh contrabandeado, nao sei, sei que fui ate a academia para ver se eu me animava a fazer a matricula!

Ahhhh... Que sordidez!

Dai a mocinha que so era recepcionista mas trajava uma roupa de ginastica perguntou por que eu queria fazer academia e quantas vezes por semana.

Ja me irritou ne???

Ate pq eu nao quero fazer academia.

Entao eu falei: Olha, eu detesto esse ambiente mas eu estou ficando velha.

E dai enquanto ela oferecia para que eu visitasse a academia eu senti um calafrio e percebi que se vou jogar dinheiro fora, que seja em sapatos.

Entao eu vou continuar so o ballet e o pilates mesmo, e assim, eh o que temos.

Minha bunda nao eh super dura, eu sou fumante e tomo cerveja.

Como quindins.

Trabalho como uma louca.

Nao ganho dinheiro com o meu corpo.

Serio.

Entao nao.

Beto continuara apalpando esta bunda que Deus me Deu e newton teima em querer jogar no chao.

Nao da.

Eu nao vou fazer.

Li no papel que tinha aula de circo.

Ja me imaginei de legging e nariz de palhaco contando piadas.

Serio. Nao eh pra mim.

Nao quero fazer.

Posso?

Obrigada.

Entao eh isso minha gente!

Eu fui relapsa e nao escrevi muito!

Mas agora estou vendo que consigo escrever pelo iphone e dai eu vou escrever mais ta??

Prometo!!

Mas tbm adsim, vcs nem comentam entao eh frustrante! 

Escrevam Ola! Sei la! Qualquer merda!!

Eh isso pessoal!!

Obrigada ta??

Tem alguem ai??

Beijos


 

 

 

 

 

 

 

 


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Despedidas, amor, cerimonia...

Sempre. Sempre atrasada.  A vida anda maluca.

Mil atividades para tentar manter uma rotina de exercícios que dê o mínimo de dignidade a bunda de uma jovem de quase 31 anos.

Trabalhando, correndo de um lado pro outro, atendendo ao telefone, fechando operações, gargalhando,  namorando meu Pinguim, planejando aniversário de namoro, comemorando despedidas de solteira.

E por falar em despedidas de solteira, fomos ao Rio.

Sim, dileta audiência.

E não somente decidiram ir ao Rio como decidiram se hospedar num hostel Boutique.

Eu, que achei que fosse morrer sem entrar num Hostel.

Eu que achei que minha cota Milhas da Funai estava completa com os acampamentos da infância me vi chegando ao Rio para encontrar minhas amigas, numa sexta feira de calorzinho ameno, no tal Hostel.

E chegando lá, como tinha optado por ficar numa suíte com a Bú, deixei minhas coisas e fui encontrar as meninas no bistrô embaixo do Hostel.

E tava rolando vinho rose, risadas, felicidade e assuntos dos mais variados.

Após me deliciar com uma salada que incluía queijo de cabra, e roubar garfadas do picadinho da Gi, elas resolveram ir numa festa.

Eu esta destruída.

Destruída do verbo não tinha condições de nada além de tomar um banho e colocar meu pijama.

Elas foram.

Quando eu estava rumando para o quarto, no corredor, percebi que tinham vários quartos com as portas abertas e onde estranhos faziam festas, e interagiam. Inclusive saiu um braço de um destes quartos e tentou me puxar para a tal festa sórdida.

No quarto da frente adolescentes que diziam estar numa despedida de solteira e usavam adereços de capeta na cabeça tomavam uma mamadeira de pinga. Roguei aos céus para que elas fossem a alguma festa sórdida ou fossem encher a cara em algum buraco sórdido da cidade maravilhosa para que eu pudesse concretizar meus planos de dormir.

Antes elas encherem a cara de pinga do que eu sair do meu quarto com uma fúria tamanha e encher a cara delas de porrada.

Evidentemente minhas amigas reclamaram de minha ausência no evento, mas fiz o que planejei:  Rumei para o quarto, tomei banho , me surpreendendo positivamente com o chuveiro e deitei para dormir.

Bu ligou quase de manhã para que eu abrisse a porta do quarto.

De manhã, acordei e desci para tomar café da manhã.

Ah... que saudades dois cafés da manhã em hostel...

Umas mesas comunitárias como num refeitório de colégio americano.

Pois não tive dúvidas.

Peguei meu suco, meu pãozinho e me sentei numa mesa na varanda, sozinha, ansiando por tranquilidade.

Logicamente sentou-se ao meu lado um ser sem luz, que ao pedir licença já começou seu discurso de “ venho para hostel para fazer amizades”.

Eu, super bem humorada apenas me dei ao desfrute de responder:  Nunca vim para um hostel, e certamente não vim para fazer amizades.

Mas vocês pensam que ele desistiu, dileta audiência?

Não... Brasileiro, que não desistia nunca, continuou seu monólogo sobre as benesses de se hospedar num hostel, emendando cada final de frase com um “ Bah”, o que deixou claro tratar-se de um gaúcho. Chato pra caralho, porém gaúcho.

Fui para a praia, e fiquei lendo no solzinho, esperando as meninas acordarem.

As meninas chegaram, rimos, tomamos sol, Deus nos presenteou com um sol forte e um dia azul....

Tomei mate, jogamos conversa fora e comemos delícias árabes na praia.

Somos diferentes uma das outras mas nos amamos.

No fim do dia, resolvemos ir a Mureta da Urca pra tomar Chopp e ver o por do sol.

Não logramos êxito, pois estava uma muvuca do cão e acabamos no Belmonte tomando chopp e comendo pastel.

Depois resolvemos voltar pro Leblon e tomar sorvete .

Assistimos a novela, na sala do hostel.

Vejam vocês.

Assistimos novela.

No fim das contas, rolou uma festa particular nossa na varanda do hostel,” com vodca ou água de coco, pra mim tanto faz”, e ficamos todas lá fora, bebendo, rindo, falando bem e mal do mundo, quase uma terapia coletiva.

Rimos da barriga doer.

Sério.

Falamos do passado, falamos do presente, relembramos situações, falamos de nós, falamos dos outros e foi uma noite auspiciosa.

O ponto alto da noite foi tentar desviar dos ovos que a vizinha do hostel ameaçou jogar na gente.

Uma grosseria, eu achei.

O recepcionista veio pedir pra gente “ abaixar o volume” da voz, a pedido da vizinha dos ovos.

Ju perguntou onde ficaria o botão do volume ao que eu respondi: Deve ficar no cú.

Fina como só eu sei ser.

Domingo amanheceu um tempo xexelento, estávamos de ressaca e fomos almoçar no Gula Gula.

E assim terminou a viagem da “ Mi quase casada”.

Daí cheguei no domingo e Beto foi me buscar no aeroporto. Beto tinha ido almoçar com a minha família, que no caso tbm é uma família dele né?

Não sei. Eu penso assim.

Depois ficamos namorandinho, comemos pizza, matamos a saudades e eu dormi na casa dele.

Daí a semana passou voando.

E na sexta feira fomos comer pizza com meus pais e meus tios, e minha prima Alessandra.

E tomamos chopp, e demos risadas e foi gostoso.

E chegou o sábado nublado. Dia do casamento da Mi e do Bruno.

Fui ao salão fazer um cabelo babyliss com emoção.

Em mesma me maquiei.

Fomos almoçar no shopping Vila Olimpia e depois nos arrumamos pro casório.

E o casório foi na casa da mãe da Mi. Casa esta que abrigou milhares de churrascos e festas nossas.

E estava tudo lindo e impecável.

Uma decoração divina, um clima de amor no ar, nossos amigos mais queridos, a cerimônia mais fofa do mundo com os votos mais legais!

E ficamos lá bebericando champa da boa, comendo comidinhas delícia, gargalhando entre amigos, brindando ao amor.

Dançamos, rimos, mentalizamos coisas boas, nos divertimos a valer, batemos um papão como diz a Mari.

Gumon não estava bebendo e estranhei. Gumon está grávida!!!

Festa!!!

Adoro bebês de amigas.

Marisa e Gon deixaram seu bebê Pietro de apenas 22 dias em casa para terem conosco, mas nos tranquilizaram alegando que deixaram o dinheiro para a pizza bem como o telefone da pizzaria.

Achei digno.

Ficamos na festa até quase uma da manhã. A festa começou as 17 hs.

Foi tão divertido que eu nunca queria que acabasse, mas o cansaço tomou conta.

E daí fomos pra casa descansar!

Domingo acordamos, fomos almoçar com a família no Bananeira.

Otávio está cada dia maior, está inclusive dando chutes. Otávio está comprido e gordinho.

Tão amado meu Tato!!!

Depois dormimos a tarde e resolvemos ir ao cinema assistir “ Invocando o mal”.

Rebocamos Amanda conosco.

Jantamos no shopping.

O que eu posso dizer sobre o filme?

Dá um medo filho da puta. Fim.

É baseado em fatos reais.

Saímos do cinema tensos.

Sim, rolou uma tensão.

E o que mais?

Semana começou com a notícia de que meu tio teve um AVC e está internado. Fomos ao hospital, entrei na IUTI e por incrível que pareça meu italianão está lúcido e até falei com ele em italiano.

Vamos aguardar a sua recuperação, tio querido!!!

Do mais, Otávio já tem tantas coisas que outro dia eu estava procurando no meio do enxoval o carro para quando ele fará 18 anos.

O quarto do Otávio é de navios.

Tudo tem navio, barcos e animais marinhos.

Boatos de que Tato tem um polvo.

Não sei, a mim pareceu um polvo.

Do mais, estamos felizes, Beto e eu, compramos passagem e reservamos o hotel do nosso aniversário de namoro, que não poderia ser em outro lugar que não no Rio...

Onde nos conhecemos, dois anos atrás.

E hoje olhando lá praquele réveillon, eu tenho certeza de que embora tenham acontecido alguns tropeços, foi o melhor ano novo da minha vida.

Porque né?

Ele me trouxe o Beto, por mais que eu não enxergasse isso na época, embora eu tivesse no meu coração a certeza de que ele era diferente...

Enfim... faremos um ano.

Sem muitas novidades por enquanto, embora já tenhamos a viagem do carnaval fechada!

Rá. Somos astutos demais.

É isso pessoal.

Comentem de vez em quando para eu saber que vcs me adoram!!

Rá.

beijos

 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sonhos, reflexoes e dores no corpo...

Eu sei.

Eu sei que fiquei um tempão sem escrever e isso é imperdoável.

Eu sei.

Eu sei que eu to numa vida lascada de corrida, isso sim.

Nesse meio tempo que fiquei sem escrever eu e Beto encontramos o apto lindinho, e estamos na dúvida entre dois.

A dúvida será tirada, tenho certeza.

Nesse meio tempo descobrimos que o bêbe da Lari é um menino e ganhará o nome de Otávio.

Eu estou muito feliz com a chegada do Otávio.

Feliz do verbo: compro inúmeros presentes.

Não vejo a hora dele dar o ar da graça.

E não vejo a hora de pegar no colo e beijar os pezinhos de bisnaguinha.

Nesse meio tempo eu e Beto visitamos inúmeros apartamentos e descobrimos entre outras coisas que temos um gosto parecido, e por essa razão como eu disse lá em cima, estamos na dúvida entre dois.

E é engraçado, porque eu gostei mais do apto com lareira, embora Beto seja um calorento irremediável.

Mas não tem problema se escolhermos o outro, porque eu vivo sem a lareira.

Nesse meio tempo eu e Beto viajamos pra Mogi, viajamos pra Ribeirão e viajamos na maionese, porque essa é uma especialidade do casal.

Falamos muita merda, e pela primeira vez tenho alguém que ri das merdas que eu falo e ainda se supera.

Para cada merda que eu falo, Beto fala duas.

Quase uma competição.

Rá.

Em Mogi rolou cerveja, sol, papeamos horrores, li um livro, descansamos, namoramos, demos risadas...

Fui pra Ribeirão trabalhar, e dormimos na minha sogra.

Fomos na quinta feira a tarde, dormimos lá e na sexta saí rumo a estrada para visitar os clientes.

Na sexta a noite, eu, Beto e minha sogrita fomos ao Ponto Chic, pois ansiávamos por cerveja e bauru.

Havia um cantor muito bom no Ponto Chic, e eu super me empolguei e cantamos eu e minha sogra vários sucessos enquanto Beto nos olhava entediado.

Chegamos e dormimos, porque se tem uma coisa que eu não consigo é ficar acordada até tarde numa sexta feira depois de uma semana estafante de trabalho.

Acordamos, tomamos café da manhã, fiquei lendo, Beto ficou vendo televisão .

Beto mencionou que eu sonhei com um chiuaua peludo e pulguento, e que o chiuaua tinha pegado pulgas do macaco.

E eu não apenas sonhei, como sempre sonho com animais, como falava alto que o chiuaua era fedido.

E depois fiquei pensando: Por quê não me acordou né?

Porque vejam bem, tentem imaginar um chiuaua peludo, pulguento e fedido.

Mas só poderia ser um pesadelo.

O chiuaua em si, já é um pesadelo.

Nunca na história desse país se viu um cão tão feio.

Imagine peludo.

Mas Beto não me acordou.

Toda vez que eu sonho, Beto prefere me fazer perguntas, ao invés de me acordar e me salvar do provável pesadelo.

Sim, porque é muito mais engraçado de manhã, ao invés de me dar bom dia soltar frases sem sentido como:

 

--- E o rabo do tatu?

 

---- E a Macaca Chico?

 

---- E os dinossauros vesgos?

 

E eu fico olhando pra ele, sem entender, porque eu nunca lembro dos sonhos. E daí ele se mata de rir.

E me conta tudo.

 

Essa é minha vida.

A tarde nós fomos ao shopping dar uma passeada, passei na Daslu para comprar uns tops que eu estava precisando, e depois fomos num lugar muito bacana que se chama Duet´s para tomarmos chopp e comermos mini hamburguers.

Rimos muito, nós dois.

Rimos de nós, inclusive.

Falamos bem e mal do mundo.

Estávamos falando sobre os planos de aniversário de namoro , se vamos viajar e para onde vamos, e de repente não me perguntem como, Beto implicou dizendo que eu pedi ele em namoro.

Rá.

Sempre temos essa discussão. Eu não pedi, eu avisei.

E ele fala que eu pedi.

E eu falo que se eu tivesse pedido, ele teria que ter aceitado, e que não me lembro dele ter aceitado.

E daí concluímos que nem namorar a gente namora.

A gente se pega.

Hahahahahaha

Voltamos pra casa, vimos um pedaço de um filme e fomos dormir porque queríamos ir ao clube no dia seguinte.

E lá fomos nós, na manhã seguinte para o country.

E estava um dia lindo.

Para variar. Ribeirão e dias lindos é pleunasmo.

Eu tenho uma teoria acerca de Ribeirão, inclusive.

Em Ribeirão, nascem dois sóis.

Um no leste e outro no oeste.

Ao meio dia os dois sóis se encontram, formando apenas um sol do mal.

Eu e Beto estávamos lá, conversando em outra dimensão e tomando cerveja, e o protetor solar onde estava?

Estava apenas no meu rosto devidamente protegido com chapéu.

Mas não estava no resto do corpo.

Nem no meu, e tampouco no de Beto.

Para piorar a situação dos dois pimentões da propaganda da Sundow eu me alcoolizei.

Ah que saudades dos meus porres né?

Não.

Nenhuma saudades.

Fiquei com uma ressaca do pântano.

Chegamos em casa para almoçar.

Almoçamos, tomei banho e dormi o sono dos bêbados e justos.

Depois fomos embora de Ribeirão... E só Deus sabe como eu amo Ribeirão....

Daí começa a semana naquela pegação maluca que é o mercado financeiro.

E eu constatei no meio dessa loucura toda que minha bunda estava caindo.

Não é que ela teve uma queda assim, devagarzinho e sempre.

Não, não.

Ela caiu. Um dia eu dormi com a bunda dura e empinada e na manhã seguinte a bunda caiu.

Eu mesma recolhi ela do chão.

Caiu uma lágrima.

E daí eu resolvi me matricular no pilates.

E fui lá, toda pimpona.

Porque como bailarina eu tenho um puta alongamento, e eu super me saí bem na primeira aula, e nem senti dor.

Vim trabalhar no dia seguinte me sentindo a pessoa mais esbelta e saudável do mundo inteiro.

Aí, no meio do trabalho, eu comecei a ter sintomas de pedras nos rins.

Uma dor insuportável nas costas, no abdômen, em todas as partes do meu corpo.

Pedras?

Não, não.

Dores insuportáveis, porém musculares, no corpo.

Tipo, do nada.

Uma hora estava eu correndo saltitante como uma gazela feliz e faceira e minutos depois foi como se eu tivesse quebrado o fêmur.

Uma semana de dores.

Ah, o pilates, tão inocente...

Vc vai lá, pula em bolinhas, estica as pernocas em elásticos, molas e etc e de repente vc não consegue lavar nem os próprios cabelos de tanta dor.

Um infortúnio.

Uma coisa bizarra.

Mas sigo assim, firme e forte no pilates e no ballet.

Otávio merece uma tia gostosa.

Daí esse fds fomos num barzinho com meus pais na sexta feira. Fomos ao Bendito tomar chopp e comer frituras.

De que forma Otávio terá uma tia gostosa, não sabemos.

De qualquer forma, sigo orando para que a professora dele do colégio seja uma deusa, e daí pronto: Otávio terá uma tia gostosa.

Rimos infinitamente com meu pai.

Estava um azougue. Depois de bêbado, reafirmou para Beto cerca de 10 vezes que o São Paulo não cairia...

Sábado fomos ao pé de manga comemorar o aniversário do meu Edu, tomamos álcool infinitamente.

Me atraquei com uma jarra de sangria.

Sim. Estava calor e sangria sempre cai bem.

Fomos de táxi, eu e Beto.

Usamos inclusive o aplicativo do iphone que pede taxi. Uma coisa muito auspiciosa.

A noite estava deliciosa, demos risadas, falamos de tudo um pouco e Diana ao se despedir da gente comentou meio pidona:

 

--- Tentem não casar em 2018 se seremos os padrinhos, porque eu estarei acabada.

 

Completei dizendo que eu tbm estarei acabada em 2018, e que isso é apenas uma brincadeira de Beto. Não. Programem-se para outubro de 2014, porque tem a fatídica Copa do mundo e bom, Beto deve jogar em alguma seleção porque disse não poder casar na Copa do Mundo.

Aguardemos o belo futebol de Alberto!

Em casa que bate um bolão, já sabemos.

Rá.

Que mais putada?

Domingo almoçamos em casa. Otávio não para de crescer na pequena barriga de Larissa que encontra-se histérica pois suas calças não fecham mais.

Não sei o que ela esperava.

Mas estamos surpresos com o tamanho parrudo e gordinho de Otávio.

Estamos felizes, Beto e eu.

Fds que vem, estaremos todos reunidos na casa de Tia Carol, toda a família Pinguim, para a despedida da minha cunhada e do bebê Pinguim Lorenzo, que só voltam de São Francisco no ano que vem.

Eu vou morrer de saudades!!

Muita mesmo.

Mas será bom um fim de semana em Mogi, tomando sol, tomando cerveja, dando risadas e matando a saudades da família do Beto que vemos tão pouco.

Vemos tão pouco porque minha sogra mora em Ribeirão, meu sogro mora em salinas e minha cunhada está voltando para os Estados Unidos.

Eu não sei como as pessoas no geral se sentem em relação a família do parceiro, mas eu tenho verdadeiro amor neles.

E eu sinto saudades sim.

Aliás eu acho que sou a pessoa que mais sente saudades no mundo.

Deveria ir pro Guiness.

Mas enfim, será um fim de semana delicioso, tenho certeza.

Fora isso, falta quase um mês pro meu aniversário.

Não. Não temos a mesma animação para fazer 31 como foi para fazer 30, embora minha vida este ano seja melhor do que era o ano passado.

Mas 31 não é auspicioso.

É ímpar!

Detesto números ímpares...

Mas vamos lá né?

Vamos fazer 31...

Melhor do que morrer.

Bom.

É isso minha gente.

Espero que gostem.

Eu juro que tento não ficar tanto tempo sem escrever.

Eu juro.

Love you all.

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Eu poderia....

Eu poderia ter aberto o blog para escrever sobre o velório do Tigre Antônio, que foi morto por um camelo.
Eu tive esse sinhô e o Beto disse que eu falava a noite sobre o velório, enquanto eu dormia, evidentemente, e Beto conta que eu perguntei pra ele se ele tbm iria ao velório do tigre Antônio comigo, porque todos os amigos do tigre Antônio estavam muito tristes.
Eu fui ao velório e eu mesma constatei o tanto que estávamos tristes pelo camelo ter matado o tigre Antônio.
Eu poderia ter aberto o blog para dizer o quanto o casamento da minha irmã foi bacana, e o quanto eu gastei dinheiro numa estola de pele de coelho maravilhosa ( sim me julguem) acreditando que estaria frio e no dia fez sol.
Sim, porque os dias que antecederam ao casamento da minha irmã foram dias muito frios.
Frios do verbo: eu estava cogitando ir de edredon para o casamento.
Mas no dia, olha que benção, fez sol.
E evidentemente eu não consegui me manter no altar com a estola maravilhosa e felpuda de pele de coelho cinza mescla.
Eu poderia ter aberto o blog para dizer o quanto o meu trabalho, apesar de cansativo é adorável e o quanto eu amo fazer o que faço rodeada por aquelas pessoas que eu adoro ter por perto.
Eu poderia ter aberto o blog para contar que a Larissa comprou a roupa do réveillon 2014 para o bebê sem nome. A roupa do réveillon 2014.
Por favor, vocês entenderam?
A roupa do réveillon 2014.
Espero que tenham compreendido.
Eu poderia ter aberto o blog para dizer que eu nem grávida estou e já me preocupo com o parto que eu terei, porque eu vi um trailer de um filme que no início aparecia depoimentos de pessoas falando sobre coisas lindas e de repente tinha uma mulher parindo numa cadeira. E isso foi só o trailer. Um trailer do mal que me fez gritar na varanda enquanto eu assistia e fumava. Era como se aparecessem ursinhos carinhosos e pandas nadando em chocolates e depois do nada aparecesse uma carnificina.
Foi assim que eu me senti. Sem preparo, ninguém escreveu uma legenda mandando a gente fechar os olhos, ou aquela mensagem " as próximas cenas são fortes, não prossiga se não estiver preparada". Foi no seco mesmo.
Os ursinhos, nuvens coloridas, poesias e de repente pá: uma mulher numa cadeira botando pra fora um bebê do tamanho de um peru de natal.
E ela gritava. Juro.
Uma coisa de dar medo.
E então eu poderia ter aberto o blog para dizer que nem grávida estou mas já sei que meu parto será cesárea.
Sabe assim? Já defini.
Eu poderia ter aberto o blog para dizer que final de semana do dia dos pais o Beto foi pra Ribeirão para ter com seu papito e eu fiquei sozinha um final de semana todo, e na sexta feira eu fui jantar com minha mãe depois que saímos da casa do meu pai. E daí no sábado eu resolvi fazer um dia de mulherzinha e marquei salão. Imagine se eu perco um sábado no salão. Mas eu fui.
Aproveitei também para jantar com a tatão, minha amiga lindona, que me presenteou com um chaveiro do ET.
E no domingo foi o dia dos pais, e rolou almoço e foi delícia.
Então eu poderia ter aberto o blog para dizer que fiquei mais perdida que filha de puta em dia dos pais sem o Beto, porque fiquei mesmo.
Mas li um livro lindo, que eu recomendo e que se chama " Violetas de Março".
E senti muitaaaaa falta do Beto.
Eu poderia ter aberto o blog para contar que Beto e Lu, a pinguim mais velha, que moram juntos atualmente não morarão mais juntos, e que nós dois moraremos juntos e para tanto estamos procurando o nosso canto.
E eu poderia ter aberto o blog para dizer que eu, que depois que me divorciei nunca mais queria casar, me vejo empolgadíssima novamente e eu e Beto fazendo altos planos que incluem decoração, pastilhas no banheiro futuro, sofás gigantes com chaise e imagens na parede.
E para quem só ia casar de acordo com ele em 2018 rolou uma antecipação, e há boatos de que não tarda.
Rá.
Eu poderia ter aberto o blog para dizer que desde o dia em que o conheci eu já sabia que me casaria com ele.
Eu poderia ter aberto o blog para dizer que num mundo onde pessoas são tão pela metade, eu o vi inteiro.
E tive medo.
Medo de que fosse mentira, medo de fosse mais um, medo de que estivesse com coração fechado, medo de que fosse um engano, medo de fosse ilusão, medo que fosse miragem, medo de que fosse esperança vã, medo de que fosse canalha, medo de que fosse galinha, medo de que fosse partir meu coração, medo de que fosse me largar sem mais, sem menos, subtraindo meu coração mais uma vez, medo de que fosse multiplicar as dores, medo de que fosse mais um.
E daí eu fugi.
Como vocês sabem.
E hoje olhando pra trás eu percebo o quanto eu perdi com medo.
E hoje olhando pra frente eu só vejo o quanto ganhei lutando com os meus medos. Porque ele não é nada disso.
Ele é o meu pinguim, e só quem quem tem um cara ao lado de quem se orgulhar sabe do que eu tô falando.
E hoje, quase 6 anos depois do meu primeiro casamento, não há medo.
Não há medo porque há certezas.
E essas certezas me fazem seguir em frente.
Sem olhar pra trás. Sem lamentar o que passou.
E eu poderia ter aberto o blog para contar tantas coisas, e nessas de não foi pra isso, eu contei tudo.
Eu me expus mais uma vez.
E é na exposição sincera que eu ganho afagos de pessoas que eu nem conheço, só virtualmente.
E se na internet há muita inveja, eu não temo, porque medo paralisa e asfixia.
E eu só desejo em dobro o que me desejarem.
E isso basta.
Basta porque há um Deus no qual acredito que nunca dorme.
Basta porque eu ainda acho que há mais pessoas bacanas do que maldosas.
E basta porque eu meço as pessoas pela minha régua.
E longe de ser perfeita, eu só desejo que todo mundo seja feliz, à sua maneira.
Felicidade à moda da casa, á moda da vida de cada um.
Não felicidade empacotada, felicidade padrão, felicidade igual pra todo mundo.
Desejo felicidade com o que você sonhar.
A sua felicidade não é a minha.
A minha felicidade não é a sua.
Procure a sua.
Eu procuro a minha.
E no fim das cintas, eu só desejo que encontremos.
Sem medo.
Porque eu poderia ter aberto o blog para me lamentar, para chorar as pitangas, coisa que já fiz muito por aqui.
Mas hoje não.
Faz meses que não.
Hoje eu abri o blog para dizer que uma nova vida está chegando, e que eu só posso agradecer e me alegrar.
Porque hoje eu só penso em pastilhas verdes e um sofá com chaisse marrom pra eu deitar no colo daquele de quem fugi, e comer pipoca ou caviar, não importa, o que importa é onde minha cabeça estará apoiada...





segunda-feira, 29 de julho de 2013

Carta ao sobrinho

Meu bem.
É a titia.
Você nem nasceu e falta um tempo ainda. Mas eu quero escrever pra você.
Aqui é o blog da titia. Você vai ter tempo pra entender o que é blog, internet, twitter, facebook e outras coisas...
O mundo aqui fora anda cada vez mais maluco. isso é bom que você saiba.
Pessoas se matam, pessoas matam umas ás outras, pessoas fazem coisas horríveis.
Mas tem sol.
Sol é uma coisa muito auspiciosa, que vc vai adorar, sua mãe vai te colocar num carrinho e te levar pra tomar solzinho.
O sol é quente, o vento é uma coisa que quando está frio ele é muito frio e quando está quente ele é uma delicia, porque refresca.
Eu sou a sua tia, e sou irmã da sua mãe.
Sua mãe é uma coisa muito preciosa na minha vida, minha irmã, minha melhor amiga, meu amor...
Você vai amar sua mãe. Ela é pequena, inteligente, vaidosa, risonha, profissional, bonita, mas às vezes é muitoooo chata.
Por exemplo, seu pai adora goiaba. Goiaba é uma fruta, e ele não pode comer porque sua mãe não gosta.
Eu sei.
Não tem cabimento.
Você não tem nome ainda, inclusive descobrimos hoje que você é um bebê e não uma bebéia.
Como descobrimos?
Porque sua mãe fez um exame de sangue que disse que você tem cromossomos Y. Eu sou XX, todas as mulheres são. Os homens, como você, são XY.
Mas depois você estuda isso... Em biologia...
Não vai caber num post tudo que eu quero dizer pra você, então vou tentar focar em algumas coisas que eu acho essenciais.
Por exemplo.
Você nem nasceu e tem 4 avós.
Sim.
Amanda e Reynaldo são nossos pais, ou seja, seus avós maternos.
Lisbeth e João são seus avós paternos, ou seja, pais do seu pai.
Você tem 2 tios homens: O Tio Fabiano (ou Piu) e o tio Beto.
Tia, por enquanto só eu mesmo.
Seu avô Reynaldo é um italianão palmeirense. Palmeiras é o time para o qual inevitavelmente vc vai torcer.
Eu, seu avô, seu outro avô, seu tio Piu e sua mãe somos Palmeirenses.
Seu tio Beto e sua avó Amanda são são paulinos e sua avó Lisbeth é santista.
Seu pai não liga pra futebol.
Nós vamos levar você ao Estádio.
Vai ser uma delícia.
Seu avô Reynaldo adora crianças e vai ser capaz de rolar no chão com você... Ele cozinha muito bem, e fará sopinhas pra você. E quando vc tiver dentes, macarrão.
Sua avó Amanda é puro amor, totalmente maluca e engraçada e vai cuidar de você enquanto sua mãe trabalha, pelo que eu estou sabendo...
Sua avó Lisbeth e seu avô João, eles são ótimas pessoas, e olha que legal, eles remam, eles tem uma canoa e remam... Lá em Santos.
Santos é uma praia no litoral Sul de São Paulo.
Você vai pra lá... Muitas vezes...
Seu tio Piu é publicitário, maluco, alto e bem magro, e ganha vários prêmios fazendo propaganda...
Propaganda é uma coisa que as pessoas fazem para vender os produtos...
Seu tio Piu quer usar você de chamariz para pegar mulheres no parque do Ibirapuera...
Seu tio é solteiro convicto e não pretende se casar.
Pelo andar da carruagem, quando você fizer 17 anos você vai aproveitar altas noitadas no apartamento do seu tio.
Seu tio Beto é o meu namorado, meu futuro marido, e embora ele brinque que só casaremos em 2018, é mentira viu?
E você vai entrar no nosso casamento juntamente com meu outro sobrinho, o Lorenzo levando as alianças.
Alianças selam amor, selam amizade, selam coisas boas.
Seu tio Beto é um homem incrivelmente bonito, e você, se fosse menina ia paquerar ele muito, porque eu ia te ensinar a piscar pra ele, mas sendo menino, você vai somente acha-lo boa pinta.
Que é o adjetivo que os homens usam para se referirem a outros homens.
Seu tio Beto é fanático pelo São Paulo, é alto, alto imenso, forte, lindo, publicitário tbm, mas ele hoje em dia é só fotógrafo.
E ele tira cada foto bebê...
Fotos são papéis coloridos que eternizam uma imagem, que congelam um momento...
Seu tio Beto vai tirar muitas fotos suas.
Mas mais que isso, seu tio Beto vai te ensinar vários truques e a montar coisas que homens adoram.
Seu tio é artista.
Eu espero que vocês sejam ótimos amigos.
Seu pai tem uma transportadora de móveis.
Ele é um homem bom, solícito e muitoooo ciumento.
Eu sou a sua tia, sua madrinha e não vejo a hora de você nascer.
Eu e sua mãe vamos pra Miami comprar as coisinhas que você vai usar...
Roupinhas, carrinho, brinquedos, e outras tranqueiras mais...
Eu sou uma pessoa engraçada, legal, baixinha, bailarina, economista, palmeirense, namorada do seu tio Beto, irmã da sua mãe, e há boatos de que eu seja irmã do seu pai pela lei, se traduzirmos para o inglês.
Você poderá contar comigo para tudo que você quiser.
Sempre e a qualquer hora do dia...
Seu nome será Bebê De Leo Duch. Eu acho bonito.
E nós somos de uma família que valoriza muito a família, valorizamos a convivência, almoçamos aos domingos juntos, fazemos viagens juntos, enfim, você não vai ter como escapar mas está vindo para abrilhantar a nossa vida.
A gente já te ama e nem te conhece, não é maluco?
É o sangue.
Sangue é uma coisa muito maior do que um líquido viscoso e vermelho.
Sangue é raiz, é de onde viemos e para onde corremos quando tudo dá errado.
Nós somos uma família legal.
Às vezes a gente briga, mas a gente se ama.
Essa semana é o casamento oficial da sua mãe e do seu pai, embora eles já morem juntos.
Você estará lá, aquecido, dentro da barriga.
Depois vocês vão viajar.
Eu espero que vocês se divirtam.
O que eu desejo pra você além de te desejar imensamente?
Desejo que você seja uma pessoa do bem, um homem de caráter, um menino legal que não maltrata mulheres, que respeita animais, idosos, seres humanos.
Espero que você tenha personalidade mas gênio bom.
Espero que estude para ser alguém na vida.
Espero que seja Palmeirense.
Espero que você goste da gente, que goste de comida, que seja tolerante porque há muitas diferenças no mundo, e nós precisamos respeitar.
Acima de tudo bebê, eu desejo que você faça escolhas que aqueçam seu coração, que você seja crente em Deus, que tenha fé, independente da religião, que você tenha caráter e palavra, que você tenha coração bom e que você acima de tudo seja feliz, e tendo a chance, mude o mundo, ou mude pelo menos o pouco mundo a que você terá acesso, com exemplos, com atitudes e não somente com palavras, que é ao esporte preferido dos hipócritas.
Que você não minta, porque mentir é roubar o direito a verdade.
Que você seja honesto.
Que você seja feliz, meu bebê.
Muito feliz.
E quando as coisas falharem, lembra do sangue?
Estamos aqui.
Te esperando.
Até janeiro...
Fique com Deus, cresça bastante e não chute muito sua mãe.
Te amo.
Já te amo.
Eu ainda acho que vou te escrever muitas vezes...
Mas tô emocionada e então vou parar.
Se cuida meu bem.
Um beijo da sua tia...









quinta-feira, 11 de julho de 2013

Memórias...

Eu me lembro.
Me lembro muito bem quando eu tinha 2 anos de idade, e pode parecer loucura eu lembrar disso, porque afinal eu era de fato muito pequena, mas eu me lembro.
Eu me lembro do " mini raciocínio" que eu tive antes da dor e do desmaio.
Meu pai estava indo ao banheiro e eu já não usava mais fraldas. Usava pinico.
As crianças ainda usam pinico?
Enfim.
Meu pai entrou no banheiro e antes que ele fechasse a porta eu enfiei meu dedo indicador da mão esquerda pela dobradiça da porta, na esperança dele estar no banheiro e ver meu dedo apontando o pinico.
Mas não.
Ao contrário disso, papai não seguiu o script e forçou a porta porque acreditava ele que algo estava atrapalhando o perfeito fechamento da porta.
E era meu dedo.
O meu mini dedo indicador da mão esquerda.
E ele fechou a porta, eu desmaiei e ele me levou ao hospital embrulhada em lençóis com meu mini dedo indicador pendurado pra gente costurar.
E eu não somente lembro como tenho até hoje um dedo indicador da mão esquerda cuja unha não cresce e nunca cresceu e por isso eu tenho 9 unhas semi compridas e uma curta.
Eu lembro...

Eu me lembro.
Me lembro muito bem de ter sido deixada na casa da minha avó Lidia num final de semana e não me perguntem onde estavam meus pais e Larissa, e nós passamos um final de semana incrível comendo bolinho de chuva, vendo televisão, e fazendo arapucas para pombas, isso era meu avô que fazia, e quando meus pais chegaram no domingo eles me trouxeram uma boneca rosa que usava um gorrinho de lã também rosa.

Eu lembro.
Me lembro muito bem, de um dia estar em casa com a Lari e nós duas termos feito bolo de chocolate, chá e ela ter lido estorinhas para mim do tio patinhas porque meus pais haviam ido ao velório do meu tio Angelo, tio este que eu amava de paixão e que me chamava de calabresa só porque eu já era bravinha...

Eu lembro.
Me lembro muito bem da minha mãe levar meu leite na cama antes de ir pro trabalho, e quando eu tinha que ir pra escola cedo, antes da perua chegar eu deitava de uniforme na cama com meu pai até o perueiro chegar. E quando ele chegava nós íamos para a escola. A Lari já estava no colegial, e eu no primário, e eu levava uma colcha dentro da perua e ia dormindo no colo dela até a escola...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de um dia ter voltado da escola e ter ido pro ballet inteira riscada nos braços com canetinhas, com recadinhos de colegas porque era meu aniversário...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de ter ganhado uma boneca Magic Face, uma boneca que vc maquiava e depois limpava com esponjinhas, em uma noite que meus pais saíram para jantar numa quarta feira e me perguntaram o que eu ia querer da rua, assim, sem mais nem menos, sem ser natal, sem ser aniversário, por puro carinho... E eu disse que queria muito essa boneca, e quando eu acordei a boneca estava lá.

Eu lembro.
Me lembro muito bem de da minha mãe me trazer uma bonequinha por dia, de uma lojinha baratinha, tipo um armarinho, perto do trabalho dela. E todos os dias estava lá, minha bonequinha.

Eu lembro.
Me lembro muito bem de montar minhas casinha da Barbie em casa e minha mãe sentar para brincar comigo.
Mas ela sempre queria matar algum personagem, e eu nunca queria... era uma briga...

Eu lembro.
Me lembro muito bem do meu aniversário de 11 anos, em que fizeram uma festinha para mim, surpresa, no apartamento em que morávamos e todos meus amigos estavam lá, meus amigos que se perderam no tempo e vários amigos que carrego para a vida inteira até hoje e que eu amo de paixão.
Reynaldo foi me buscar na escola, paramos num posto para ele tomar uma cerveja, não entendi bem por quê, e quando chegamos no apartamento estavam todos lá... E eu fiquei muito feliz, e ganhei muitos presentes... E se eu fechar os olhos, eu ainda lembro da emoção que eu senti... Foi tão feliz...

Eu lembro.
Eu me lembro muito bem, de ir aos jogos do Palmeiras com Reynaldo, e comer churros, e gritar gol, e mesmo eu sendo menina e Reynaldo menino, nós curtirmos aquela mesma paixão, pai e filha, com 38 anos de diferença, torcendo, vibrando, falando a mesma língua. E até hoje, entre mim e Reynaldo, mesmo eu mulher e ele homem, mesmo ele pai, e eu filha, mesmo ele senhor e eu jovem, até hoje, até hoje somos uma só carne, uma só voz, um só sentimento.
Sempre.

Eu lembro.
Me lembro muito bem, do dia que eu tinha uns 8 anos e arrumei uma briga no prédio, e Larissa desceu como uma leoa para me defender porque é esse o papel das irmãs mais velhas, defender seus pequenos...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de Amanda ter me dado uma máquina de escrever e eu ficar horas no meu quarto brincando de banco.
Imagine, brincando de banco.
E hoje em dia eu trabalho em banco, me divirto em banco, ganho meu pão em banco e agradeço a Amanda a paixão que ela fez brotar em mim.
A brincadeira era meio diferente do que eu exerço hoje, mas o princípio era o mesmo. Era um banco, e é lá que eu me realizo.

Eu lembro.
Eu me lembro muito bem do dia em que eu vi Beto na praia no dia em que eu o conheci, e comentei com uma amiga minha: Eu vou casar com esse cara.
E ela riu.
Ela riu, assim como a Lari e o Marcio riram quando eu contei que eu ia me casar com o cara que eu tinha conhecido na praia e sequer beijado.
Alguém ainda duvida?
Eu não.

Eu lembro.
Eu me lembro muito bem de estar na piscina do clube, aprontando diversas confusões e ter caído de queixo no chão e ser levada ao hospital as pressas.
Lembro também do médico ter explicado para uma criança de 5 anos que ele daria pontos no meu queixo e eu ter chutado tanto ele que tiveram que me amarrar...

Eu lembro.
Me lembro muito bem de ser pequena, de Reynaldo e Amanda terem tido uma briga e nós, eu, meu pai e Lari fomos para um hotel maravilhoso passar o fim de semana no interior, e papai ficar ligando para Amanda o fim de semana todo, e eu acho que era pedindo pra voltar...

Eu lembro.
Me lembro muito bem do dia em que saímos para comprar minha lancheira do elefantinho.
Era um dia de sol, e eu a vi ali, pendurada num cabide, e apontei e pedi pra Amanda.
Eu queria aquela. Aquela vermelha, a lancheira do elefantinho.
E a lancheira tinha uns elefantinhos desenhados tomando lanche numa mesa de picnic.
Amanda comprou e comprou também uma garrafinha vermelha para combinar.
E Amanda colocava groselha na minha garrafinha. Ou suco de laranja.

Eu lembro.
Me lembro muito bem do dia em que fomos pra Iporanga passar um carnaval e eu esqueci minha mala em São Paulo.
E daí Amanda e Reynaldo tiveram que me levar até o shopping para comprar roupas novas para passar o feriado.
E eu passei o feriado inteiro de havaianas.
Isso quando eu não estava descalça, lógico, porque eu sempre fui a pessoa que anda descalça.

Eu lembro.
Me lembro muito bem da emoção que era procurar os ovos de páscoa que Amanda e Reynaldo escondiam no domingo .

Eu lembro.
Me lembro muito bem de quando eu comecei a fazer patinação artística e fui me apresentar numa escola no fim do mundo, e depois, cansada da apresentação, nós ganhamos um lanche de queijo e presunto e suco de laranja.
Só que o lanche não era de presunto era de apresuntado e eu tive a maior alergia do mundo.
E daí todo mundo se certificava se o que eu ia comer era mesmo presunto.
Era uma neurose.


Eu lembro.
Eu lembro de tantas coisas.
E fico feliz de ter tantas memórias.
Porque aquecem o coração, trazem momentos bons de volta, trazem alegria, algumas trazem dor, mas a vida é isso né?
A vida é dor e amor.
E no final das contas, minhas memórias felizes superam as tristes, e eu agradeço a Deus.
Todos os dias.
E rogo aos céus para que um dia eu possa ter filhos com os quais dividir as memórias que tenho, e proporcionar as memórias mais lindas ao lado daquele que vai ser o pai deles, lembram?

Beijos, comentem se quiserem...
Obrigada pela preferência...